Relatórios recentes apontam que a Tether, o maior emissor mundial de stablecoins, está a expandir-se agressivamente para o setor do ouro. A empresa contratou dois especialistas veteranos em negociação de metais preciosos vindos do HSBC: Vincent Domien, Diretor Global de Negociação de Metais do HSBC, e Mathew O’Neill, Responsável pela Emissão de Metais Preciosos para a Europa, Médio Oriente e África. Este passo assinala a estratégia da Tether de transferir o colateral das stablecoins de liquidez tradicional e obrigações do Estado para ouro físico, com o objetivo de criar uma base de ativos mais diversificada e resiliente.
A Tether está a reforçar de forma consistente as suas reservas de ouro, integradas nos seus mais de 180 mil milhões $ em ativos, com o objetivo de construir uma das maiores reservas de ouro mundiais fora do setor bancário e das entidades soberanas. Esta iniciativa vai além de uma simples alteração na alocação de ativos—representa uma atualização integral do modelo de negócio, da gestão de risco e do posicionamento estratégico a longo prazo. Ao captar talento de topo em negociação das principais instituições financeiras tradicionais, a Tether posiciona-se no segmento de operações de padrão institucional, desenvolvendo uma cadeia de valor do ouro verticalmente integrada que abrange negociação, logística, armazenamento e investimento em mineração.
O Tether Gold (XAUt) é o pilar central da estratégia aurífera da Tether, ao conjugar o valor financeiro do ouro com a eficiência da blockchain para criar um novo token digital lastreado em ouro. Nos últimos tempos, a Tether tem promovido a adoção do XAUt pelas tesourarias de empresas cotadas no Nasdaq, visando uma maior utilização institucional e liquidez, consolidando, simultaneamente, a confiança e o reconhecimento nos mercados financeiros tradicionais. Assim, as stablecoins deixam de ser meras ferramentas de negociação para se tornarem soluções abrangentes de gestão e alocação de ativos financeiros.
Apesar do reforço das reservas em ouro poder reduzir a dependência dos títulos do Tesouro dos EUA e do sistema bancário, bem como oferecer proteção contra o risco das taxas de juro, esta estratégia traz novos desafios. A custódia, transporte, auditoria e avaliação do ouro exigem competências e níveis elevados de confiança. Para garantir a segurança, a Tether não revela a localização dos seus cofres, o que levanta preocupações em matéria de transparência. Além disso, a transferência de grandes volumes de ativos para reservas não remuneradas pode afetar os modelos de receitas a longo prazo.
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A Tether está a evoluir de simples emissor de tokens digitais indexados ao dólar para uma nova entidade financeira que alia banca, negociação de matérias-primas e gestão de ativos. O objetivo é unir ativos cripto e ativos físicos tangíveis, desafiando inclusivamente o domínio da banca tradicional no mercado de metais preciosos. Apesar dos obstáculos, esta transformação oferece à Tether oportunidades inéditas de crescimento e reforço da sua presença no mercado.





