Imagine: você acorda uma manhã e tem 15 mil dólares na conta. E essa quantia está na conta de cada pessoa no planeta. Minha, sua, do morador de rua debaixo da ponte e do oligarca. Parece uma utopia comunista, não é? Mas vamos lá, vamos cavar mais fundo.
Recentemente estive a estudar os números do sistema financeiro mundial. Acontece que, se dividirmos toda a massa monetária M2 ( cerca de 123 trilhões de dólares) por 8,16 bilhões de pessoas, cada um receberá míseros 15 mil dólares. Para o que isso serve? Para um Dacia Sandero usado sem opções! Aqui está a justiça da ordem mundial!
Ao mesmo tempo, no meu país, na Espanha, cada um receberia mais – cerca de 31 mil euros. Por quê? Porque o sistema financeiro ocidental é assim – uns vivem melhor que outros, e ponto.
Mas sabe o que é mais engraçado? Mesmo que tal redistribuição acontecesse, em um ou dois anos tudo voltaria ao normal. O dinheiro novamente escorreria para aqueles que sabem como multiplicá-lo. Não é à toa que dizem: dê um milhão a um idiota — ele voltará ao que era antes.
E ainda mais interessante é que a riqueza real do mundo — cerca de 488 trilhões de dólares, se acreditarmos no relatório da UBS. Ou seja, se distribuíssemos TUDO, incluindo ativos, imóveis e outros — a soma seria 4 vezes maior! Mas não, os "donos" do mundo nunca permitirão tal igualdade.
Eu olho para esses números e penso — talvez o problema não esteja na quantidade de dinheiro, mas sim no próprio sistema que gera um monstruoso desigualdade? Afinal, quando alguns podem comprar um iate do tamanho de uma aldeia, enquanto outros recolhem garrafas na rua — isso não é apenas estatística, são destinos humanos.
E, por mais bonitas que sejam essas infografias da VisualCapitalist, elas não refletem o principal — as distorções sistêmicas da economia global, onde o dinheiro flui apenas em uma direção: dos pobres para os ricos.
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Se nos dessem dinheiro a todos... A minha amarga verdade
Imagine: você acorda uma manhã e tem 15 mil dólares na conta. E essa quantia está na conta de cada pessoa no planeta. Minha, sua, do morador de rua debaixo da ponte e do oligarca. Parece uma utopia comunista, não é? Mas vamos lá, vamos cavar mais fundo.
Recentemente estive a estudar os números do sistema financeiro mundial. Acontece que, se dividirmos toda a massa monetária M2 ( cerca de 123 trilhões de dólares) por 8,16 bilhões de pessoas, cada um receberá míseros 15 mil dólares. Para o que isso serve? Para um Dacia Sandero usado sem opções! Aqui está a justiça da ordem mundial!
Ao mesmo tempo, no meu país, na Espanha, cada um receberia mais – cerca de 31 mil euros. Por quê? Porque o sistema financeiro ocidental é assim – uns vivem melhor que outros, e ponto.
Mas sabe o que é mais engraçado? Mesmo que tal redistribuição acontecesse, em um ou dois anos tudo voltaria ao normal. O dinheiro novamente escorreria para aqueles que sabem como multiplicá-lo. Não é à toa que dizem: dê um milhão a um idiota — ele voltará ao que era antes.
E ainda mais interessante é que a riqueza real do mundo — cerca de 488 trilhões de dólares, se acreditarmos no relatório da UBS. Ou seja, se distribuíssemos TUDO, incluindo ativos, imóveis e outros — a soma seria 4 vezes maior! Mas não, os "donos" do mundo nunca permitirão tal igualdade.
Eu olho para esses números e penso — talvez o problema não esteja na quantidade de dinheiro, mas sim no próprio sistema que gera um monstruoso desigualdade? Afinal, quando alguns podem comprar um iate do tamanho de uma aldeia, enquanto outros recolhem garrafas na rua — isso não é apenas estatística, são destinos humanos.
E, por mais bonitas que sejam essas infografias da VisualCapitalist, elas não refletem o principal — as distorções sistêmicas da economia global, onde o dinheiro flui apenas em uma direção: dos pobres para os ricos.