Os reguladores europeus acabam de lançar uma bomba sobre a Meta – estão a iniciar uma investigação formal sobre a forma como o gigante tecnológico gere o acesso dos programadores de IA à infraestrutura do WhatsApp.

Isto não é apenas mais um puxão de orelhas. A investigação incide sobre se a Meta está a criar barreiras injustas para fornecedores de IA de terceiros que tentam integrar-se com a sua plataforma de mensagens. Pense nisto: se uma empresa controla o acesso a milhares de milhões de utilizadores enquanto desenvolve as suas próprias ferramentas de IA, isso é comportamento monopolista clássico.

O que é realmente interessante aqui? O timing. À medida que a IA se torna o novo campo de batalha pela supremacia tecnológica, os reguladores estão finalmente a colocar as questões difíceis sobre o acesso à plataforma e a justiça concorrencial. A Meta tem promovido fortemente o seu próprio assistente de IA no WhatsApp, Instagram e Facebook.

Para quem acompanha o movimento de descentralização, este caso ilustra na perfeição porque precisamos de alternativas. Quando plataformas centralizadas podem decidir arbitrariamente quem tem acesso às suas redes, a inovação sofre. Talvez esta investigação venha acelerar o interesse por protocolos de mensagens descentralizados, onde nenhuma entidade detém todo o controlo.

O historial da UE mostra que não brincam com casos de concorrência. A Meta pode enfrentar restrições sérias sobre a forma como opera o WhatsApp se os reguladores encontrarem infrações. Vale a pena acompanhar de perto.