As recentes revelações de Larry Fink, líder da BlackRock, levaram-me a reavaliar o mercado. Quando o Bitcoin recuou para a zona dos 80 mil, alguns fundos soberanos começaram a construir posições gradualmente. Não entraram de forma agressiva, mas sim aproveitando cada queda para acumular.
Esta estratégia é intrigante. Porque é que estas “equipas nacionais”, que gerem biliões em ativos, optam por absorver lentamente durante uma tendência de baixa?
A resposta pode ser simples — o objetivo deles nunca foi um lucro rápido em três ou cinco meses. O verdadeiro propósito é a alocação a longo prazo. Os investidores de retalho vendem em pânico, enquanto as instituições fazem uma acumulação sistemática. Quando as emoções dominam o mercado, os ativos passam das mãos dos impacientes para as mãos dos pacientes.
Isto faz-me recordar o início do ciclo em 2020. Também nessa altura as instituições estavam a posicionar-se em silêncio; quando o resto do mercado percebeu, os preços já tinham duplicado. O guião pode não ser repetido à risca, mas a lógica subjacente é assustadoramente semelhante.
Para o investidor comum, o maior receio neste momento não é uma perda latente, mas sim ser expulso do mercado pela volatilidade. É essencial manter a calma durante fortes quedas; em correções moderadas pode-se reforçar posições de forma faseada. O fundamental é não deixar que as oscilações de curto prazo destruam uma estratégia de longo prazo.
O mercado repete sempre a mesma história: uns entregam os ativos no pânico, outros constroem posições no meio do caos. O verdadeiro risco não está na queda em si, mas em perder a paciência nas zonas de fundo.
A dor de ficar de fora costuma ser maior do que a de estar preso numa posição. Porque quem está preso ainda pode esperar recuperar; já quem ficou de fora vê as oportunidades escaparem diante dos seus olhos. O problema não é se o mercado oferece oportunidades, mas sim se consegues manter a serenidade quando importa.
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FreeMinter
· 12-06 18:46
É sempre o mesmo discurso: os pequenos investidores são eliminados e as instituições entram. Já ouvi isto vezes sem conta.
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RugPullSurvivor
· 12-04 14:51
As instituições estão a acumular enquanto os pequenos investidores estão a sair, este enredo está realmente ultrapassado.
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NFTArtisanHQ
· 12-04 14:49
poder-se-ia argumentar que os fluxos de capitais macroeconómicos, disfarçados de “acumulação paciente”, não passam de mais um exercício estético no teatro dos mercados... a verdadeira beleza está em ver quem pisca primeiro
As recentes revelações de Larry Fink, líder da BlackRock, levaram-me a reavaliar o mercado. Quando o Bitcoin recuou para a zona dos 80 mil, alguns fundos soberanos começaram a construir posições gradualmente. Não entraram de forma agressiva, mas sim aproveitando cada queda para acumular.
Esta estratégia é intrigante. Porque é que estas “equipas nacionais”, que gerem biliões em ativos, optam por absorver lentamente durante uma tendência de baixa?
A resposta pode ser simples — o objetivo deles nunca foi um lucro rápido em três ou cinco meses. O verdadeiro propósito é a alocação a longo prazo. Os investidores de retalho vendem em pânico, enquanto as instituições fazem uma acumulação sistemática. Quando as emoções dominam o mercado, os ativos passam das mãos dos impacientes para as mãos dos pacientes.
Isto faz-me recordar o início do ciclo em 2020. Também nessa altura as instituições estavam a posicionar-se em silêncio; quando o resto do mercado percebeu, os preços já tinham duplicado. O guião pode não ser repetido à risca, mas a lógica subjacente é assustadoramente semelhante.
Para o investidor comum, o maior receio neste momento não é uma perda latente, mas sim ser expulso do mercado pela volatilidade. É essencial manter a calma durante fortes quedas; em correções moderadas pode-se reforçar posições de forma faseada. O fundamental é não deixar que as oscilações de curto prazo destruam uma estratégia de longo prazo.
O mercado repete sempre a mesma história: uns entregam os ativos no pânico, outros constroem posições no meio do caos. O verdadeiro risco não está na queda em si, mas em perder a paciência nas zonas de fundo.
A dor de ficar de fora costuma ser maior do que a de estar preso numa posição. Porque quem está preso ainda pode esperar recuperar; já quem ficou de fora vê as oportunidades escaparem diante dos seus olhos. O problema não é se o mercado oferece oportunidades, mas sim se consegues manter a serenidade quando importa.