Há um artista chamado Xanthrax, cuja abordagem é bastante arrojada—muda de identidade, altera imagens, mistura subculturas da internet com a história da arte, basicamente leva a imagem digital a passear por todas as plataformas e tecnologias possíveis.

O estilo dele? Não tem um estilo fixo. À primeira vista parece caótico, quase hipnotizante, mas essa confusão é precisamente o efeito que ele procura. Recentemente, juntou-se a Parker Ito para um novo projeto chamado "Profile Pictures", criado numa das principais plataformas NFT e na cadeia Shape.

Sobre o tema do pseudónimo, Xanthrax é bastante direto: "Ao longo dos anos já usei muitos nomes, nunca quis usar o meu nome verdadeiro para fazer arte na internet." Para ele, o pseudónimo é tão importante na arte digital como a tag para um artista de graffiti, "O nome está sempre a mudar, ultimamente tenho usado @id_xanthrax, mas provavelmente ainda vou mudar outra vez."

Porque é que se sente atraído pela comunidade Web3? E de onde vem esse tom simultaneamente humorístico e sombrio nas suas obras? Por trás destas questões, está a sua reflexão sobre os modos contemporâneos de criação de imagem, bem como os percursos da história da arte que o influenciam.

Da subcultura da internet à história da arte tradicional, Xanthrax constrói um vasto universo de imagens. Não se prende a uma forma pré-definida, permitindo antes que as imagens cresçam e se transformem livremente em diferentes contextos—talvez este seja o estado criativo mais essencial para um artista nativo digital.

Para quem contacta com o seu trabalho pela primeira vez, não espere encontrar uma "unidade de estilo". O deslumbramento visual é, precisamente, a porta de entrada.