Faltam 30 dias para 19 de dezembro. Aquela reunião em Tóquio pode tornar-se a maior "bomba-relógio" deste ano.
O foco é simples: será que o Banco do Japão vai pôr fim à era das taxas de juro zero? O mercado aponta para uma probabilidade de 82% de subida das taxas. Este número, há três meses, era apenas 30%.
Porque é que o mundo inteiro está de olho nisto? Porque, na última década, quase toda a gente jogou o mesmo jogo: pedir ienes a taxas ultra-baixas, trocar por dólares ou euros, e investir em ações americanas, obrigações ou imobiliário. O lucro do diferencial de taxas era garantido. O volume total desta estratégia? 2 biliões de dólares.
A lista de participantes é interminável. Fundos hedge a usar alavancagem máxima para lucrar, o fundo de pensões japonês GPIF e seguradoras a enviar enormes quantias para o estrangeiro, os investidores de retalho, as chamadas "senhoras Watanabe", também a participar, até a Apple e o próprio Buffett estiveram profundamente envolvidos.
Mas agora a festa está a acabar. Se houver subida das taxas, o efeito duplo surge: o custo do empréstimo dispara e o iene valoriza-se, anulando os lucros. O que fazer com as posições de 2 biliões de dólares? Fechar posições. Encerrar coletivamente.
As consequências? Ativos de alto risco em queda livre, liquidez global a secar num instante, moedas dos mercados emergentes podem voltar a colapsar. Em julho deste ano, bastou um pequeno ajuste do Banco do Japão para o Nasdaq cair 8%. A última vez que o iene valorizou 12%, em 1998, os mercados emergentes afundaram em bloco — as memórias ainda estão bem vivas.
Agora, a escala é maior, a alavancagem mais elevada. O que acontecerá a ativos de risco como o ETH? O Banco do Japão está entre a espada e a parede: há pressão inflacionista, mas será que têm coragem para agir?
O capital já está a sair a alta velocidade. Será que o cisne negro vai levantar voo a partir de 19 de dezembro? Todo o mercado aguarda pela resposta.
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Faltam 30 dias para 19 de dezembro. Aquela reunião em Tóquio pode tornar-se a maior "bomba-relógio" deste ano.
O foco é simples: será que o Banco do Japão vai pôr fim à era das taxas de juro zero? O mercado aponta para uma probabilidade de 82% de subida das taxas. Este número, há três meses, era apenas 30%.
Porque é que o mundo inteiro está de olho nisto? Porque, na última década, quase toda a gente jogou o mesmo jogo: pedir ienes a taxas ultra-baixas, trocar por dólares ou euros, e investir em ações americanas, obrigações ou imobiliário. O lucro do diferencial de taxas era garantido. O volume total desta estratégia? 2 biliões de dólares.
A lista de participantes é interminável. Fundos hedge a usar alavancagem máxima para lucrar, o fundo de pensões japonês GPIF e seguradoras a enviar enormes quantias para o estrangeiro, os investidores de retalho, as chamadas "senhoras Watanabe", também a participar, até a Apple e o próprio Buffett estiveram profundamente envolvidos.
Mas agora a festa está a acabar. Se houver subida das taxas, o efeito duplo surge: o custo do empréstimo dispara e o iene valoriza-se, anulando os lucros. O que fazer com as posições de 2 biliões de dólares? Fechar posições. Encerrar coletivamente.
As consequências? Ativos de alto risco em queda livre, liquidez global a secar num instante, moedas dos mercados emergentes podem voltar a colapsar. Em julho deste ano, bastou um pequeno ajuste do Banco do Japão para o Nasdaq cair 8%. A última vez que o iene valorizou 12%, em 1998, os mercados emergentes afundaram em bloco — as memórias ainda estão bem vivas.
Agora, a escala é maior, a alavancagem mais elevada. O que acontecerá a ativos de risco como o ETH? O Banco do Japão está entre a espada e a parede: há pressão inflacionista, mas será que têm coragem para agir?
O capital já está a sair a alta velocidade. Será que o cisne negro vai levantar voo a partir de 19 de dezembro? Todo o mercado aguarda pela resposta.