Dado interessante do setor automóvel: as vendas de veículos caíram pelo segundo mês consecutivo, apesar dos descontos agressivos dos fabricantes. Afinal, os subsídios para retoma estavam a ter um impacto maior do que se pensava.

Assim que o apoio do governo terminou, nem cortes de preços acentuados conseguiram manter o ritmo. Um caso clássico de estímulo artificial a mascarar a fraqueza da procura subjacente. Faz pensar que outros setores poderão estar a funcionar apenas à custa de políticas temporárias neste momento.

Para quem acompanha os ciclos macroeconómicos, este tipo de queda abrupta após a retirada de subsídios é um exemplo clássico. Os padrões de consumo não recuperam automaticamente quando o dinheiro fácil desaparece. Pode ser um sinal para uma maior cautela nas compras discricionárias, à medida que as famílias reavaliam as suas finanças.