Tenho um amigo que assumiu uma fábrica antiga que ninguém queria.

O terreno não é mau, a localização também é boa, só que é demasiado complicado: vários licenciamentos, questões de segurança contra incêndios, ambiente — tudo bloqueado, qualquer pessoa que olhasse para aquilo ficava logo de cabeça em água, e assim uma grande quantidade de ativos ficava ali parada, teoricamente “ativos”, mas na realidade quase mortos.
Depois ele reuniu duas equipas:
Uma ficou encarregue de desbloquear acessos, eletricidade e internet, transformando o parque industrial numa infraestrutura “pronta a funcionar a qualquer momento” — isto faz lembrar muito a @SeiNetwork, que trata da velocidade e liquidação; a outra dedicou-se a estudar políticas, detalhando o que se pode e não se pode fazer, que setores podem entrar, tudo sistematizado num conjunto de regras claras — tal como a @KAIO_xyz, responsável pela camada de conformidade.

O resultado foi uma mudança total:
Bancos, fundos, empresas de logística, equipas de software — todos quiseram entrar:
O banco pegou nos antigos projetos parados nas contas e fragmentou-os em pequenas quotas, como se repartisse “velhos ativos” em blocos menores para circular no mercado, e assim o dinheiro passou a fluir;
Os fundos vieram gerir a atividade industrial, contratos, relatórios e processos passaram a seguir as regras já existentes no parque, o que reduziu logo imenso os custos com recursos humanos;
As empresas de comércio e logística passaram a usar o espaço como “posto de transbordo de mercadorias e capitais”; o que antes estava preso nos seus próprios balanços, agora pode ser integrado, transferido e até gerar receitas de serviços graças às “regras públicas” do parque;
As equipas de desenvolvimento podem construir sistemas e ferramentas em cima disto, sem precisarem de estudar toda a legislação de raiz, bastando conectarem-se à “interface de regras” do parque.

Foi aí que percebi de repente:
Todos aqueles empréstimos, obrigações e ativos de crédito na finança tradicional são como essas velhas fábricas — não é que não tenham valor, é que ninguém se atreve a mexer, e também não são fáceis de mexer.
O que a @SeiNetwork + @KAIO_xyz estão a fazer é basicamente:
De um lado, pavimentar a “estrada on-chain”, para que tudo circule rapidamente;
Do outro, encapsular as “regras”, para que as instituições possam usar sem medo de pisar em falso.
Bancos, fundos, bolsas, developers —
Fazem com que os ativos que estavam parados comecem a mexer-se,
mas eles próprios podem dormir descansados.