Esta grande vela verde do ZEC hoje deixa qualquer um com comichão. Mas a lógica por trás desta subida merece ser analisada a fundo.

Comecemos pelo lado da procura. O esquema de "pseudo-anonimato" do Bitcoin já foi desmascarado pelo Departamento de Justiça dos EUA — os 15 mil milhões de dólares em BTC apreendidos recentemente são prova disso. Dentro do círculo, as pessoas começaram a perceber que, se querem mesmo esconder alguma coisa, têm de recorrer a moedas de privacidade hardcore como a ZEC. Os dados não mentem: a percentagem de ativos no Shielded Pool disparou para 29%, um novo máximo histórico, o que mostra que está a entrar dinheiro a sério.

O timing também é interessante. Em novembro de 2025, a ZEC terá o seu terceiro halving, com a recompensa de bloco a ser cortada a metade e a taxa de inflação anual a poder descer para 4%. Basta olhar para trás para ver que, nas duas últimas vezes que houve halving, o preço multiplicou-se várias vezes. Será que o que estamos a ver agora é apenas o aperitivo?

No lado institucional, o movimento ainda é maior. O ZEC Trust da Grayscale disparou 228% num mês, o Naval chamou-lhe diretamente "seguro do Bitcoin" e o Arthur Hayes foi mais longe e apontou para um preço de dez mil dólares. No mercado de derivados, houve liquidações de 72 milhões de dólares, os shorters foram completamente esmagados e a taxa de financiamento mantém-se negativa — está claro que há baleias a acumular.

No plano técnico também há novidades. A Electric Coin Co. está a lançar endereços descartáveis e soluções de privacidade cross-chain, e o protocolo Orchard já permite transações em segundos. A ZEC está a evoluir de uma simples "ferramenta de privacidade" para infraestrutura de base.

Quanto mais apertada for a regulação, mais valor terão as moedas de privacidade. Até onde pode ir esta subida da ZEC? A história está só a começar.