O prazo para a paralisação do governo dos EUA está se aproximando, com potencial impacto no PIB americano e na divulgação de dados macroeconômicos estratégicos.
A possibilidade de paralisação do governo dos EUA está a poucos dias de se concretizar, já que a administração Biden e parlamentares republicanos seguem em impasse sobre a resolução orçamentária até 1º de outubro. Esse cenário pode afetar o PIB dos EUA por meio da redução da renda e consumo de servidores federais e da paralisação das compras governamentais de bens e serviços. Segundo o Committee for a Responsible Federal Budget, cerca de 380 000 servidores foram dispensados durante o shutdown de 2018–2019 (18% do quadro federal não postal em 2018). Uma paralisação de uma semana reduz o PIB trimestral em cerca de 0,1%, mas a maior parte desse impacto tende a ser compensada em trimestres seguintes. O CBO estima que o shutdown de cinco semanas em 2018 reduziu a taxa anualizada de crescimento do PIB trimestral em 0,6%.
A paralisação também pode atrasar a divulgação dos principais dados econômicos, complicando a avaliação do Fed em tempo real. Como as equipes do BLS, BEA e Census responsáveis pela coleta dos dados podem ser consideradas “não essenciais”, divulgações como folha de pagamento não agrícola de setembro, CPI de setembro e PIB do 3º trimestre podem ser postergadas, ainda que os detalhes permaneçam incertos. Caso ocorram atrasos, na reunião do FOMC de outubro, o Fed poderá decidir sem dados-chave de emprego, inflação e PIB. Entretanto, como o impacto do DOGE será integral em 30 de setembro e a paralisação pode pesar ainda mais sobre a economia americana, permanece provável um corte de juros pelo Fed na reunião de outubro.
Entre os dados programados para esta semana estão os índices PMI do ISM de manufatura e serviços, pedidos industriais e dados de emprego. Os dados de emprego, que incluem folha de pagamento não agrícola,
taxa de desemprego e média salarial por hora, oferecerão parâmetros sobre as chances de novos cortes de juros. Apesar de o presidente do Fed, Powell, reforçar que o ciclo de redução de juros não é garantido, o mercado ainda aposta em mais dois cortes em 2025, um em outubro e outro em dezembro. Novos sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho reforçam postura dovish. (1, 2)
DXY
O dólar norte-americano registrou alta semanal apoiado por dados econômicos robustos e resilientes dos EUA, enquanto o euro e o franco suíço recuaram frente à moeda americana. (3)
Rendimento do título de 10 anos dos EUA
O rendimento do título de 10 anos dos EUA manteve-se estável após a divulgação do PCE, em linha com as previsões, mas o índice anualizado permanece acima da meta de inflação de 2% do Fed. (4)
Ouro
O ouro valorizou na semana passada, sustentado por dados mensais do PCE em conformidade com as expectativas, leitura positiva do PIB dos EUA e anúncio de Trump sobre novas tarifas para medicamentos, caminhões e móveis importados. (5)
Preço do BTC
Preço do ETH
Relação ETH/BTC
Os ETFs de Bitcoin nos EUA tiveram saídas líquidas de $902M na última semana, com o BTC desvalorizando 2,66%. Os ETFs de Ethereum também registraram saídas de $795M, levando o ETH a uma queda de 6,86%. A relação ETH/BTC permaneceu praticamente estável em 0,0368. (6)
Capitalização Total do Mercado Cripto
Capitalização Total do Mercado Cripto Excluindo BTC e ETH
Capitalização Total do Mercado Cripto Excluindo Top 10 Dominance
O mercado cripto mais amplo caiu 3,6% na última semana, com as perdas fora BTC e ETH ampliando para 4%. O mercado de altcoins, sem as 10 principais, recuou 3,94%, pressionado pelo desempenho fraco do ETH e eliminando o entusiasmo recente da “altcoin season”.
Fonte: Coinmarketcap e Gate Ventures, em 29 de setembro de 2025
O mercado apresentou tendência de baixa generalizada, embora tokens como MNT, LEO e XMR tenham destoado, com o MNT liderando o segmento e acumulando alta de 14,9%.
O MNT segue consolidando seus fundamentos após integração mais ampla ao ecossistema Bybit. O recente salto foi impulsionado pelo anúncio da colaboração entre a perp DEX ApeX Protocol (incubada pela Bybit) e a própria Bybit, o que provocou uma valorização de 6x. (7)
Plasma é uma blockchain Layer 1 dedicada a stablecoins, projetada para possibilitar pagamentos em stablecoin instantâneos e sem taxas (especialmente USDT) em larga escala, suportando compatibilidade EVM, tokens de gás personalizados e integração com trilhos de pagamentos e neobanks.
$XPL estreou por volta de ~$0,72 e rapidamente atingiu a máxima histórica de $1,69, impulsionado por forte engajamento comunitário. A distribuição do airdrop, com alocações significativas para a maioria dos participantes, reforçou o sentimento positivo. Listagem em grandes corretoras como Upbit e Binance trouxeram ainda mais liquidez e visibilidade.
A Cloudflare anunciou o NET Dollar, uma stablecoin vinculada ao dólar dos EUA e desenvolvida para a web orientada por agentes de IA, onde agentes de IA realizam transações em nome dos usuários. O NET Dollar permite microtransações globais instantâneas e seguras para desenvolvedores, criadores e agentes autônomos, migrando a internet de modelos baseados em anúncios e transferências bancárias para pagamentos por uso. O CEO Matthew Prince definiu a solução como infraestrutura financeira na velocidade da internet, viabilizando pagamentos fracionários que recompensam originalidade. A Cloudflare também contribui para padrões de interoperabilidade como Agent Payments Protocol e x402. O movimento é visto como expansão da adoção de stablecoins para a infraestrutura mainstream da web. (8),(9),(10)
A CleanSpark (Nasdaq: CLSK) ampliou sua linha de crédito garantida por Bitcoin com a Coinbase Prime em $100M, adicionando liquidez não dilutiva para financiar seu crescimento. A mineradora americana vai investir em infraestrutura energética, expansão das operações de mineração de bitcoin e computação de alta performance em sites selecionados. A gestão enfatiza crescimento rentável sem diluição acionária. A CleanSpark atingiu 50 EH/s em junho e mantém um tesouro em BTC avaliado acima de $1B. O acordo evidencia maior eficiência de capital e acesso institucional a crédito para mineradoras top-tier. (11),(12)
A market maker GSR entrou com pedido junto à SEC para lançar o ETF GSR Digital Asset Treasury Companies, investindo ao menos 80% dos ativos em empresas que mantêm ativos digitais em tesouraria corporativa. O pedido inclui ainda quatro fundos relacionados a ETH, focados em staking e rendimento. O interesse por tesourarias de ativos digitais (DATs) disparou, com mais de $20B captados por ventures no último ano. A proposta sinaliza uma migração para exposição institucionalizada em DAT, acompanhando ciclos de aprovação acelerados de ETFs multi-cripto e vinculados a staking. (13),(14)
A Bulk levantou $8M em rodada Seed liderada por Robot Ventures e 6th Man Ventures, com Chapter One, WMT Ventures, Mirana Ventures, Big Brain Holding e investidores anjos. O projeto está desenvolvendo uma camada de execução baseada na Solana (Bulk-agave + Bulk Tile) para latência sub-20ms e mais de 2,5M ordens/segundo, mantendo descentralização via justiça FIFO, ordens sem gas, custódia não-custodial e compartilhamento de taxas com validadores. Integrações institucionais incluem SDKs (kits de desenvolvimento), FIX (protocolo de integração) e CCXT. Os investidores veem a Bulk como rota promissora para performance CEX on-chain, posicionando o projeto como porta de entrada institucional para negociação de perpétuos antes da rede principal (mainnet) em 2025. (15),(16)
A Divine levantou $6,6M em rodada Seed liderada por Paradigm, com Nascent e investidores anjos, financiando a expansão do protocolo de empréstimos subcolateralizados Credit. Lançado em dezembro de 2024, o Credit já emitiu mais de 175 000 empréstimos para mais de 100 000 tomadores na Argentina, Nigéria, Colômbia e outros mercados, principalmente para despesas cotidianas. O sistema utiliza dados comportamentais em vez de colateral, ampliando o limite de empréstimo para até $1 000 em pagamentos pontuais. Distribuído via World MiniApps, já conta com mais de 15M usuários verificados, alinhando-se à tese dos investidores sobre microfinanças blockchain e inclusão dos desbancarizados. (17),(18)
A Bastion levantou $14,6M em rodada liderada por Coinbase Ventures, com Sony, Samsung Next, a16z crypto e Hashed. Fundada por ex-executivos da Meta e a16z crypto, a Bastion desenvolve sistemas de marca branca (white-label) para stablecoins, permitindo que empresas emitam dólares digitais sem exigir codificação ou licenças regulatórias. O portfólio inclui wallets e soluções de saque (cash-out) em mais de 70 países, concorrendo com Paxos e Agora. O destaque é o potencial da Bastion como camada de infraestrutura estratégica diante da demanda crescente por soluções de stablecoin conformidade regulatória (compliance) e marca própria. (19),(20)
O número de rodadas concluídas na última semana foi 20, com Data respondendo por 9 rodadas (45% do total), Infra por 4 (20%), Social por 1 (5%) e DeFi por 6 (30%).
Resumo Semanal de Rodadas Venture, Fonte: Cryptorank e Gate Ventures, 29 de setembro de 2025
O total de financiamento divulgado na semana anterior foi $364M; 25% das rodadas (5/20) não informaram valor captado. O destaque ficou com o setor Data, que levantou $305M. As maiores rodadas: Fnality $136M, zerohash $104M.
Resumo Semanal de Rodadas Venture, Fonte: Cryptorank e Gate Ventures, 29 de setembro de 2025
O volume semanal de fundraising subiu para $364M na 4ª semana de setembro de 2025, crescimento de +51% frente à semana anterior. Em relação ao mesmo período de 2024, o crescimento é de +63% ano a ano.
A Gate Ventures, braço de investimentos de risco da Gate, foca em investimentos em infraestrutura descentralizada, middleware e aplicações que vão remodelar a sociedade na era Web 3.0. Em parceria com líderes do setor globalmente, a Gate Ventures apoia equipes e startups com ideias e competências para redefinir as relações sociais e financeiras.
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