As principais instituições acadêmicas do mundo estão, de forma consistente, ajustando suas estratégias de alocação de capital. Conforme os registros públicos mais recentes, a Universidade Harvard ampliou expressivamente sua posição no ETF de Bitcoin à vista (IBIT) durante o terceiro trimestre, tornando-se um dos compradores institucionais mais relevantes do mercado. Harvard realizou uma alocação em ETF de proporção rara para o fundo patrimonial (endowment) de Harvard e reforça o papel do Bitcoin como ativo estratégico para o capital institucional tradicional.
Os registros 13F indicam que a posição de Harvard no IBIT da BlackRock (iShares Bitcoin Trust) saltou no terceiro trimestre para:
6.813.612 cotas—um aumento de 257% ante as 1.906.000 cotas registradas ao final de junho. Atualmente, o IBIT é a maior posição pública de Harvard, superando Microsoft, Amazon e SPDR Gold.
Embora represente apenas uma fração do fundo patrimonial (endowment) de quase US$ 57 bilhões de Harvard, o impacto simbólico é expressivo.
O analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, comentou: “Para grandes fundos patrimoniais, alocar recursos em um ETF é algo inédito. O aumento da exposição por Harvard é um dos principais respaldos institucionais para um ETF de Bitcoin até hoje.”

(Fonte: theblock)
Apesar de o IBIT deter atualmente os maiores ativos sob gestão (AUM) entre os ETFs de Bitcoin à vista no mundo, registrou resgates líquidos superiores a US$ 532 milhões na última semana. A principal razão foi a queda do Bitcoin abaixo de US$ 100.000, o que resultou em episódios pontuais de pânico. No fechamento desta edição, o Bitcoin era negociado em torno de US$ 95.130. Ao mesmo tempo, investidores de longo prazo, como universidades e fundos soberanos, aumentaram suas posições durante a correção. Esse comportamento contrasta fortemente com o dos investidores de varejo.
As universidades dos EUA não são os únicos investidores institucionais. Registros 13F recentes apontam que a Al Warda Investments, importante fundo soberano do Oriente Médio vinculado ao Abu Dhabi Investment Council (ADIC), também aumentou suas participações:
Isso representa um acréscimo de 230% desde junho, indicando que os fundos soberanos passaram a considerar oficialmente ETFs de Bitcoin como parte central de seus portfólios. A Mubadala, anteriormente reconhecida por investir em energia, tecnologia e infraestrutura, agora faz parte do universo institucional de investimentos em Bitcoin.
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Desde o aumento expressivo na exposição de Harvard até os movimentos paralelos de Emory e dos fundos soberanos de Abu Dhabi, torna-se evidente que os ETFs de Bitcoin deixam de ser considerados ativos emergentes e passam a ser vistos como instrumentos financeiros convencionais. Apesar de a volatilidade de curto prazo continuar impactando o mercado, as principais instituições expandem suas posições durante as quedas, enxergando o Bitcoin como um ativo de longo prazo, e não apenas como uma alternativa especulativa. Para os próximos meses, é provável que mais fundos patrimoniais, fundos soberanos e até tesourarias corporativas sigam essa tendência, consolidando ainda mais o papel do Bitcoin nos mercados globais de capitais.





