As estratégias que preparei há algum tempo têm corrido bastante bem ultimamente, principalmente porque os dados económicos dos EUA, que estavam retidos há mais de um mês, finalmente foram divulgados, dando imediatamente uma direção ao mercado.

O governo esteve encerrado durante 43 dias, bloqueando todos os dados essenciais — tanto os investidores como a Reserva Federal estavam a andar na corda bamba de olhos vendados, sem conseguir perceber a real situação da economia. Ontem saíram finalmente os dados do setor industrial de novembro, e os dois principais indicadores, PMI e ISM, deram logo o tom ao mercado. Resumindo: valores acima de 50 significam expansão, abaixo de 50 indicam contração. O resultado: o PMI industrial do ISM caiu para 48,2, pior do que os 48,7 do mês anterior, e já vai em nove meses consecutivos de queda. Outros dados detalhados, como emprego e novas encomendas, também estão a descer.

Em linguagem simples: a economia dos EUA está a "perder força". O abrandamento económico vai pressionar a Reserva Federal a baixar as taxas de juro — custos de financiamento mais baixos aliviam as empresas e incentivam a circulação do dinheiro no mercado. Atualmente, Wall Street acredita que um corte de 25 pontos base na taxa de juro em dezembro está praticamente garantido, com algumas instituições a apontarem mesmo para uma probabilidade superior a 80%.

Isto é uma excelente notícia para o Bitcoin. Antes, devido ao vazio de dados, o sentimento do mercado parecia uma montanha-russa, com o preço das criptomoedas a oscilar fortemente. Agora, com a situação definida e as expectativas de cortes nas taxas de juro cada vez mais claras, os sinais de maior liquidez são evidentes. A experiência histórica mostra que, em cada ciclo de afrouxamento monetário da Reserva Federal, os criptoativos costumam reagir antecipadamente. Neste momento, pode muito bem estar aqui a janela ideal para entrar — quando o corte de juros for mesmo anunciado, talvez já seja tarde e se entre a preços altos.