O líder da maior gestora de ativos do mundo lançou recentemente uma opinião bombástica.

O CEO da BlackRock, Larry Fink, e o COO Rob Goldstein afirmaram sem rodeios: a tokenização vai reescrever completamente a forma como os ativos existem. Isto pode soar abstrato, mas o que eles dizem não tem nada a ver com esquemas de especulação cripto, mas sim com uma reconstrução radical da lógica subjacente de todo o sistema financeiro.

Imagina este cenário: as tuas ações, obrigações, certidões de propriedade e até a própria moeda, tudo transformado numa sequência de código na blockchain. Não é uma ilusão virtual, mas sim registos digitais que podem ser verificados de forma independente e atualizados em tempo real. Negociações? Concluídas em segundos, saltando todos os processos burocráticos dos intermediários. As transferências lentíssimas do sistema SWIFT? Perante a tokenização, parecem relíquias do passado. E mais: ativos de private equity que antes eram inatingíveis, passam a estar ao alcance do cidadão comum graças à posse fracionada.

Os números são ainda mais impressionantes: nos últimos 20 meses, o mercado de tokenização triplicou de tamanho. Fink compara o momento atual a 1996 na internet — quem imaginava o mundo de hoje naquela altura? A própria equipa deles acredita que isto está a evoluir até mais rápido do que o previsto.

Claro que, enquanto tudo isto avança a alta velocidade, as regras de regulação vão tentando acompanhar. Afinal, ativos em blockchain precisam de novas barreiras de segurança: como proteger os compradores? Quem assume o risco de contraparte? As instituições financeiras tradicionais e as equipas nativas de cripto estão a "construir pontes", com o objetivo de criar uma carteira digital capaz de gerir todos os ativos de forma integrada.

Se esta tendência se concretizar, as infraestruturas financeiras poderão realmente assistir a uma nova revolução geracional. E tu, quanto tempo achas que este enredo ainda vai durar?