Paradigm realiza investimento estratégico de 1350 x 10 mil dólares americanos no projeto de stablecoin brasileiro Crown, liderando uma nova vaga de conformidade financeira na América Latina
O gigante global de investimento em cripto Paradigm entrou pela primeira vez no mercado brasileiro, investindo 13,5 milhões de dólares na startup de stablecoins Crown. Esta ação coincide com a publicação de um novo regulamento inovador pelo Banco Central do Brasil, integrando plenamente as stablecoins no quadro nacional de supervisão cambial.
Na maior economia cripto da América Latina, está a iniciar-se uma transformação da infraestrutura financeira impulsionada por capital de topo e por regulamentação clara.
01 Movimentos de Capital
O investimento da Paradigm tornou-se rapidamente o centro das atenções do mercado. Este fundo de capital de risco, conhecido pela sua precisão na análise e apostas precoces em projetos cripto, anunciou oficialmente a conclusão de uma ronda de investimento Série A de 13,5 milhões de dólares na fintech brasileira de stablecoins Crown.
Esta ronda avaliou a Crown em 90 milhões de dólares. Ricardo de Arruda, sócio de investimento e investigação da Paradigm e natural do Brasil, afirmou que a vasta experiência da equipa da Crown em fintech e serviços institucionais foi essencial para a decisão de investimento.
Este é o primeiro investimento da Paradigm no Brasil, que não só fornece capital à Crown, como representa um forte reconhecimento do capital internacional ao percurso de conformidade regulatória do Brasil — um dos cinco maiores mercados cripto do mundo.
02 Plano Regulamentar
A Resolução nº 249/2025, publicada pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2025, representa um marco na regulação de ativos digitais no país.
O novo regulamento centra-se em integrar totalmente os prestadores de serviços de ativos digitais no sistema financeiro tradicional e considera expressamente as transações com stablecoins como operações cambiais.
Todos os prestadores de serviços de ativos virtuais devem solicitar autorização ao Banco Central e obter licenças de intermediário, custódia ou corretagem consoante o tipo de atividade, cumprindo rigorosamente requisitos de proteção ao cliente, combate ao branqueamento de capitais e cibersegurança. O quadro entra em vigor em fevereiro de 2026, com um período de transição de 9 meses para as empresas se adaptarem.
Principais marcos regulatórios e dimensão do mercado cripto brasileiro
Dimensão Regulamentar
Conteúdo Específico/Dados de Mercado
Impacto Principal
Entrada em vigor da lei
Fevereiro de 2026
Início oficial do processo de conformidade no setor
Período de transição
Novembro de 2026
As empresas têm 9 meses para se adaptar à regulação
Base de utilizadores
Cerca de 12 milhões de adultos (8% da população)
Base de mercado robusta, potencial significativo
Volume de transações
Valor anual recebido cerca de 318,8 mil milhões de dólares
Maior mercado da América Latina, quinto mundial
Peso das stablecoins
90% do tráfego cripto nacional
Aplicação absolutamente dominante no mercado
Segundo dados da Chainalysis, o Brasil ficou em quinto lugar no índice global de adoção de cripto em 2025. O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, já destacou que a maioria das atividades cripto no país está ligada a stablecoins, principalmente para liquidação de comércio internacional e proteção contra a inflação. Este enfoque pragmático abre caminho para projetos como a Crown, que privilegiam pagamentos e conformidade regulatória.
03 Análise do Projeto
A Crown é uma fintech com sede em São Paulo que se dedica a fornecer soluções de moeda programável para mercados emergentes. O seu principal produto é a stablecoin BRLV, indexada 1:1 ao real brasileiro (BRL), cujas reservas são compostas por obrigações do governo brasileiro, tornando-a uma das maiores stablecoins de moeda fiduciária de mercados emergentes no mundo.
Antes do investimento da Paradigm, a Crown já tinha concluído uma ronda seed de 8,1 milhões de dólares em outubro de 2025, liderada pela Framework Ventures e com a participação de Valor Capital Group, Coinbase Ventures, entre outros.
O modelo de negócio da Crown tem um atrativo único. Ao contrário da maioria das stablecoins em dólares, o BRLV distingue-se por partilhar com parceiros institucionais parte dos rendimentos gerados pelas reservas em obrigações do governo. O CEO John Delaney afirma que este design confere ao BRLV vantagens em segurança e equidade, oferecendo aos parceiros uma via transparente e regulada para beneficiarem das elevadas taxas de juro do Brasil.
04 Lógica Central
O investimento da Paradigm na Crown assenta numa lógica clara de regulação, mercado e equipa.
Do ponto de vista regulatório, o novo regulamento do Banco Central cria um fosso protetor para os participantes em conformidade. A obrigatoriedade de prova de reservas e o enquadramento das transações no sistema de reporte cambial vão eliminar muitos concorrentes não conformes, abrindo espaço de mercado para projetos como a Crown.
Em termos de mercado, o Brasil, enquanto motor económico da América Latina, apresenta uma forte procura por soluções de pagamento digital e comércio transfronteiriço, criando cenários naturais de aplicação para stablecoins indexadas à moeda local. A quota de 90% de utilização das stablecoins comprova a enorme procura por produtos deste tipo.
Quanto à equipa, a gestão da Crown possui vasta experiência em fintech e serviços institucionais, essencial para operar de forma estável num ambiente regulatório exigente e em rápida evolução. O modelo de reservas transparente e regulado das obrigações confere-lhe uma vantagem competitiva no novo enquadramento legal.
05 Perspetivas Futuras
O caminho regulatório claro do Brasil está a atrair capital global para acelerar a sua presença. O investimento da Paradigm é um sinal forte de que o interesse internacional no mercado financeiro digital latino-americano continuará a crescer.
Com a implementação total do enquadramento regulatório em 2026, o Brasil poderá passar de uma “potência de adoção cripto” para uma “potência de inovação cripto”. Para a Crown, o apoio da Paradigm significa não só capital, mas também acesso a recursos e reputação de topo, acelerando a sua expansão na América Latina.
Num contexto global de convergência entre DeFi e ativos reais, a stablecoin BRLV, lastreada por obrigações soberanas, responde exatamente à procura de investidores institucionais por produtos transparentes e com rendimentos estáveis. Poderá tornar-se uma ponte entre o tradicional mercado brasileiro de obrigações de elevado rendimento e o capital cripto global.
Perspetivas Futuras
Os 12 milhões de utilizadores cripto do Brasil e um mercado anual superior a 300 mil milhões de dólares anseiam por uma solução de stablecoin local, regulamentada e profundamente integrada na economia real.
Os 13,5 milhões de dólares da Paradigm apostam não só na Crown, mas num futuro para as finanças digitais latino-americanas definido por regras claras.
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Paradigm realiza investimento estratégico de 1350 x 10 mil dólares americanos no projeto de stablecoin brasileiro Crown, liderando uma nova vaga de conformidade financeira na América Latina
O gigante global de investimento em cripto Paradigm entrou pela primeira vez no mercado brasileiro, investindo 13,5 milhões de dólares na startup de stablecoins Crown. Esta ação coincide com a publicação de um novo regulamento inovador pelo Banco Central do Brasil, integrando plenamente as stablecoins no quadro nacional de supervisão cambial.
Na maior economia cripto da América Latina, está a iniciar-se uma transformação da infraestrutura financeira impulsionada por capital de topo e por regulamentação clara.
01 Movimentos de Capital
O investimento da Paradigm tornou-se rapidamente o centro das atenções do mercado. Este fundo de capital de risco, conhecido pela sua precisão na análise e apostas precoces em projetos cripto, anunciou oficialmente a conclusão de uma ronda de investimento Série A de 13,5 milhões de dólares na fintech brasileira de stablecoins Crown.
Esta ronda avaliou a Crown em 90 milhões de dólares. Ricardo de Arruda, sócio de investimento e investigação da Paradigm e natural do Brasil, afirmou que a vasta experiência da equipa da Crown em fintech e serviços institucionais foi essencial para a decisão de investimento.
Este é o primeiro investimento da Paradigm no Brasil, que não só fornece capital à Crown, como representa um forte reconhecimento do capital internacional ao percurso de conformidade regulatória do Brasil — um dos cinco maiores mercados cripto do mundo.
02 Plano Regulamentar
A Resolução nº 249/2025, publicada pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2025, representa um marco na regulação de ativos digitais no país.
O novo regulamento centra-se em integrar totalmente os prestadores de serviços de ativos digitais no sistema financeiro tradicional e considera expressamente as transações com stablecoins como operações cambiais.
Todos os prestadores de serviços de ativos virtuais devem solicitar autorização ao Banco Central e obter licenças de intermediário, custódia ou corretagem consoante o tipo de atividade, cumprindo rigorosamente requisitos de proteção ao cliente, combate ao branqueamento de capitais e cibersegurança. O quadro entra em vigor em fevereiro de 2026, com um período de transição de 9 meses para as empresas se adaptarem.
Principais marcos regulatórios e dimensão do mercado cripto brasileiro
Segundo dados da Chainalysis, o Brasil ficou em quinto lugar no índice global de adoção de cripto em 2025. O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, já destacou que a maioria das atividades cripto no país está ligada a stablecoins, principalmente para liquidação de comércio internacional e proteção contra a inflação. Este enfoque pragmático abre caminho para projetos como a Crown, que privilegiam pagamentos e conformidade regulatória.
03 Análise do Projeto
A Crown é uma fintech com sede em São Paulo que se dedica a fornecer soluções de moeda programável para mercados emergentes. O seu principal produto é a stablecoin BRLV, indexada 1:1 ao real brasileiro (BRL), cujas reservas são compostas por obrigações do governo brasileiro, tornando-a uma das maiores stablecoins de moeda fiduciária de mercados emergentes no mundo.
Antes do investimento da Paradigm, a Crown já tinha concluído uma ronda seed de 8,1 milhões de dólares em outubro de 2025, liderada pela Framework Ventures e com a participação de Valor Capital Group, Coinbase Ventures, entre outros.
O modelo de negócio da Crown tem um atrativo único. Ao contrário da maioria das stablecoins em dólares, o BRLV distingue-se por partilhar com parceiros institucionais parte dos rendimentos gerados pelas reservas em obrigações do governo. O CEO John Delaney afirma que este design confere ao BRLV vantagens em segurança e equidade, oferecendo aos parceiros uma via transparente e regulada para beneficiarem das elevadas taxas de juro do Brasil.
04 Lógica Central
O investimento da Paradigm na Crown assenta numa lógica clara de regulação, mercado e equipa.
Do ponto de vista regulatório, o novo regulamento do Banco Central cria um fosso protetor para os participantes em conformidade. A obrigatoriedade de prova de reservas e o enquadramento das transações no sistema de reporte cambial vão eliminar muitos concorrentes não conformes, abrindo espaço de mercado para projetos como a Crown.
Em termos de mercado, o Brasil, enquanto motor económico da América Latina, apresenta uma forte procura por soluções de pagamento digital e comércio transfronteiriço, criando cenários naturais de aplicação para stablecoins indexadas à moeda local. A quota de 90% de utilização das stablecoins comprova a enorme procura por produtos deste tipo.
Quanto à equipa, a gestão da Crown possui vasta experiência em fintech e serviços institucionais, essencial para operar de forma estável num ambiente regulatório exigente e em rápida evolução. O modelo de reservas transparente e regulado das obrigações confere-lhe uma vantagem competitiva no novo enquadramento legal.
05 Perspetivas Futuras
O caminho regulatório claro do Brasil está a atrair capital global para acelerar a sua presença. O investimento da Paradigm é um sinal forte de que o interesse internacional no mercado financeiro digital latino-americano continuará a crescer.
Com a implementação total do enquadramento regulatório em 2026, o Brasil poderá passar de uma “potência de adoção cripto” para uma “potência de inovação cripto”. Para a Crown, o apoio da Paradigm significa não só capital, mas também acesso a recursos e reputação de topo, acelerando a sua expansão na América Latina.
Num contexto global de convergência entre DeFi e ativos reais, a stablecoin BRLV, lastreada por obrigações soberanas, responde exatamente à procura de investidores institucionais por produtos transparentes e com rendimentos estáveis. Poderá tornar-se uma ponte entre o tradicional mercado brasileiro de obrigações de elevado rendimento e o capital cripto global.
Perspetivas Futuras
Os 12 milhões de utilizadores cripto do Brasil e um mercado anual superior a 300 mil milhões de dólares anseiam por uma solução de stablecoin local, regulamentada e profundamente integrada na economia real.
Os 13,5 milhões de dólares da Paradigm apostam não só na Crown, mas num futuro para as finanças digitais latino-americanas definido por regras claras.