Há uma afirmação que anda a circular bastante no mercado ultimamente: se a Fed trocar de presidente, as criptomoedas vão viver uma corrida épica. Parece bonito, mas a realidade provavelmente vai deitar um balde de água fria nesta fantasia.
Vejamos alguns dados duros: a inflação continua presa perto dos 3% e não desce, a taxa de juro real já está próxima de zero, e o arsenal das políticas expansionistas está praticamente esgotado. Mesmo que, um dia, Powell saia realmente e entre um novo presidente, que truques é que ele pode sacar da cartola? Resumindo, o espaço para cortar juros é, na melhor das hipóteses, para mais uma ou duas vezes simbólicas. As expectativas políticas já foram totalmente absorvidas pelo mercado — quem espera que um “banho de liquidez” vá fazer todas as moedas disparar, que acorde.
O que esperar do mercado daqui para a frente? O meu palpite é que a era das histórias está a chegar ao fim, e que agora vai começar a fase de luta real, onde só conta a lógica.
O Bitcoin ainda pode jogar a carta de ativo de refúgio, mas não te esqueças que a sua correlação com as ações americanas está cada vez mais forte. Mal o sentimento de risco vire, essa ligação pode apanhar-te desprevenido. E as altcoins? Aqueles projetos que só sabem gritar slogans e vender sonhos vão ter cada vez menos espaço para sobreviver. Só os projetos com verdadeira procura dos utilizadores e tecnologia aplicável conseguirão firmar-se em períodos de volatilidade. Quanto às moedas “de ar”, que vivem só de narrativas como “halving” ou “expectativa de corte de juros”, podem ser dadas como mortas.
Neste momento, o que os investidores de retalho mais precisam de mudar é o seu mindset — chega de andar atrás de rumores a comprar no topo e a vender no fundo; é preciso aprender a olhar para os dados e a perceber o que é proteção. Como fazer isso? Deixo-te três caminhos:
**Foca-te no CPI e nos dados de emprego.** Estes são os verdadeiros indicadores das decisões da Fed — valem mais do que qualquer discurso de responsável.
**Observa a relação entre Bitcoin e os rendimentos das Treasuries americanas.** Isto reflete diretamente o sentimento do dinheiro macro, e é o melhor barómetro para ativos de risco.
**Ao escolher projetos, olha mais para as receitas e menos para as histórias.** Só projetos com cash flow real e base de utilizadores aguentam o inverno cripto e podem ser vencedores no futuro.
O mercado nunca falta em barulho e confusão; o que falta é a capacidade de manter a cabeça fria e ver além das aparências. Em períodos de viragem de política, mais vale construir o teu próprio quadro de análise do que apostar tudo numa “boa notícia” incerta. Afinal, sobreviver e prosperar na volatilidade nunca foi questão de sorte, mas sim de compreender as regras do jogo e de respeitar o risco.
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Há uma afirmação que anda a circular bastante no mercado ultimamente: se a Fed trocar de presidente, as criptomoedas vão viver uma corrida épica. Parece bonito, mas a realidade provavelmente vai deitar um balde de água fria nesta fantasia.
Vejamos alguns dados duros: a inflação continua presa perto dos 3% e não desce, a taxa de juro real já está próxima de zero, e o arsenal das políticas expansionistas está praticamente esgotado. Mesmo que, um dia, Powell saia realmente e entre um novo presidente, que truques é que ele pode sacar da cartola? Resumindo, o espaço para cortar juros é, na melhor das hipóteses, para mais uma ou duas vezes simbólicas. As expectativas políticas já foram totalmente absorvidas pelo mercado — quem espera que um “banho de liquidez” vá fazer todas as moedas disparar, que acorde.
O que esperar do mercado daqui para a frente? O meu palpite é que a era das histórias está a chegar ao fim, e que agora vai começar a fase de luta real, onde só conta a lógica.
O Bitcoin ainda pode jogar a carta de ativo de refúgio, mas não te esqueças que a sua correlação com as ações americanas está cada vez mais forte. Mal o sentimento de risco vire, essa ligação pode apanhar-te desprevenido. E as altcoins? Aqueles projetos que só sabem gritar slogans e vender sonhos vão ter cada vez menos espaço para sobreviver. Só os projetos com verdadeira procura dos utilizadores e tecnologia aplicável conseguirão firmar-se em períodos de volatilidade. Quanto às moedas “de ar”, que vivem só de narrativas como “halving” ou “expectativa de corte de juros”, podem ser dadas como mortas.
Neste momento, o que os investidores de retalho mais precisam de mudar é o seu mindset — chega de andar atrás de rumores a comprar no topo e a vender no fundo; é preciso aprender a olhar para os dados e a perceber o que é proteção. Como fazer isso? Deixo-te três caminhos:
**Foca-te no CPI e nos dados de emprego.** Estes são os verdadeiros indicadores das decisões da Fed — valem mais do que qualquer discurso de responsável.
**Observa a relação entre Bitcoin e os rendimentos das Treasuries americanas.** Isto reflete diretamente o sentimento do dinheiro macro, e é o melhor barómetro para ativos de risco.
**Ao escolher projetos, olha mais para as receitas e menos para as histórias.** Só projetos com cash flow real e base de utilizadores aguentam o inverno cripto e podem ser vencedores no futuro.
O mercado nunca falta em barulho e confusão; o que falta é a capacidade de manter a cabeça fria e ver além das aparências. Em períodos de viragem de política, mais vale construir o teu próprio quadro de análise do que apostar tudo numa “boa notícia” incerta. Afinal, sobreviver e prosperar na volatilidade nunca foi questão de sorte, mas sim de compreender as regras do jogo e de respeitar o risco.