No dia 1 de dezembro do ano passado, a Reserva Federal dos EUA finalmente travou a política de aperto quantitativo (QT). Desde 2022 que estava a reduzir o balanço, mas agora essa fase chegou ao fim, e ainda injetou 13,5 mil milhões de dólares no sistema bancário através de operações de recompra overnight.

Isto, para o mercado cripto, equivale a tirar um enorme peso de cima. No entanto, o mercado não enlouqueceu de imediato; a curto prazo, continua bastante frágil e volátil. Mas a longo prazo? Assim que a liquidez for libertada, é bem provável que venha aí uma nova vaga de valorização.

**Com mais dinheiro, naturalmente procura-se locais de maior risco e retorno**

Durante os anos do QT, cerca de 2,4 biliões de dólares foram retirados do sistema financeiro, o que pressionou imenso os ativos de risco como as criptomoedas. Agora que o QT parou e a Reserva Federal voltou a injetar dinheiro, para onde irá esse excesso de liquidez? Muito provavelmente para o setor cripto. Afinal, este mercado é extremamente sensível às mudanças de liquidez nos EUA.

Basta lembrar 2019 — quando terminou a última ronda de QT, o Bitcoin disparou de cerca de 3.800 dólares para 29.000 dólares, um clássico exemplo do efeito da liquidez. Tom Lee, da Fundstrat, também já afirmou que o Bitcoin poderá registar uma forte explosão no início de 2026, podendo até atingir novos máximos já no final de janeiro.

**E as altcoins?**

Se as principais moedas beneficiam, o potencial de recuperação das altcoins é ainda maior. Projetos anteriormente subvalorizados podem explodir assim que o ambiente melhore e o capital comece a procurar retornos mais altos — podendo até superar o Bitcoin em termos de performance. Claro que isto depende da solidez dos projetos; não vale para moedas puramente especulativas ou “air coins”.

Em resumo, este virar de rumo da Reserva Federal foi um tónico para o mercado. Não se espere uma subida imediata, mas a médio e longo prazo, as bases para um novo bull market estão a ser lentamente consolidadas.